22 de março de 2023.

Não esqueceremos este dia, porque se tornou um dos mais tristes das nossas vidas. Neste dia, perdemos um amigo, um colega, um professor, um pilar da nossa escola! Numa vida dedicada ao ensino – 39 anos ao serviço da educação, 35 dos quais na Escola Secundária de Pinhal Novo –, ele construiu um percurso muito pessoal e constituiu um exemplo de competência e de rigor, de dinamismo e de colaboração constante não só no seio do grupo disciplinar, mas da escola em geral.

De sorriso fácil e genuíno, serenamente, esteve sempre disponível para ajudar, para ouvir, para encontrar soluções, tornando-se, ao longo do tempo, uma figura tutelar, um exemplo de profissionalismo, mas também e sobretudo um exemplo humano. Poucos se lhe comparam nesta simbiose ímpar entre professor e ser humano de excelência. O convívio com ele permitiu-nos comprovar, diariamente, a excecionalidade do seu carácter.

Para alguns de nós, não foi apenas o colega que partiu, foi o amigo, o companheiro, o Zé Luís de quem, ainda, guardamos na memória as brincadeiras na rua, os jogos de futebol com os amigos, o namoro com a Isabel, o casamento, o nascimento do seu único filho…

Esta perda irreparável coloca-nos face a uma verdade que, talvez inconscientemente, preferimos esquecer: nós estamos de passagem neste mundo. Nós somos tão pequenos e a vida é tão efémera! Face à nossa incredulidade, talvez faça sentido a célebre frase «Morre jovem o que os Deuses amam» ou como diz Fernando Pessoa: «Os deuses amam os que morrem jovens porque o absoluto é a sua medida.»

José Luís, alcançaste o absoluto e deixas em nós a tristeza e a saudade que já começa a despontar.